Autocompaixão: Onde o amor próprio começa?
Você provavelmente já ficou obcecado(a) por seus defeitos ou escutou alguma critica que não conseguiu tirar da cabeça? Pensou que não conseguiria alcançar aquele sonho ou meta que você tanto queria? Que não era bom o suficiente para estar junto com aquela pessoa? Isso está diretamente ligado à nossa autopercepção e jeito como nos enxergamos no mundo ou então a forma como NÃO nos enxergamos.
Um tempo
atrás eu li um artigo que falava sobre a autocompaixão ter três “estágios”
digamos assim, sendo eles a Compreensão, que seria a capacidade de ser amável consigo
mesmo onde ao invés de nos culparmos por nossos erros ou sentimentos, aprendemos
a ser mais gentis e compreensivos acolhendo nossas falhas como parte do processo
ao invés de sermos críticos e punitivos. O outro estagio seria a Condição Humana,
onde entendemos as próprias experiencias como parte da nossa existência, todas
as pessoas enfrentam desafios e passam por momentos difíceis, nossas
dificuldades não nos isolam ou nos diminuem, mas sim faz parte da experiência
humana. O ultimo estagio seria o “mindfulness” que seria a capacidade de observar e aceitar os
sentimentos sem se deixar ser consumido por eles.
A elaboração
desses pensamentos muitas vezes faz com que entremos em um sofrimento tão
grande que pode acabar atrapalhando-nos nas tarefas mais simples do dia a dia, trabalhar
nossa autocompaixão nos permite a capacidade de encarar nossas dores e ver
nossas emoções de forma mais gentil ampliando nossa percepção de que
sofrimento, dores e falhas fazem parte da vida e precisamos experienciar isso.
A pratica
da autocompaixão é um caminho que nos leva a uma maior aceitação e compreensão
de quem somos, especialmente nas horas em que nos sentimos vulneráveis ou em desacordo
com nos mesmos. Ao sermos mais acolhedores com nosso sentimento, conseguimos
reduzir a pressão interna que muitas vezes nos paralisa e nos impede de seguir
em frente.
Esse
processo não significa ignorar nossas falhas ou nos conformar com
comportamentos e pensamentos prejudiciais, mas sim que aprenderemos a trata-los
de uma forma mais leve. Quando aceitamos as dificuldades da vida como parte da jornada
humana, percebemos que erros não são falhas que irão durar para sempre, mas sim
momentos em que podemos tirar um aprendizado para podermos ser melhores no
futuro. Ter esse pensamento nos ajuda a descomplicar os processos internos que
nos angustia e faz com que levemos a vida com mais confiança.
A
autocompaixão também contribui para a melhora nas nossas relações com os
outros, quando somos mais gentis conosco, tendemos a ser mais empáticos e
compreensivos com os demais. Assim acaba sendo criado um ciclo positivo de
apoio mútuo, em que as pessoas ao nosso redor se sentem mais a vontade para também
se permitir errar e crescer. Portanto, a autocompaixão não só melhora a nossa
relação com nos mesmos, mas também com aqueles ao nosso redor, ajudando a
construir um ambiente mais acolhedor e livre de julgamentos.
Entender a
importância de ter compaixão com nos mesmos nos da liberdade de ser humanos, de
errar e de aprender com os erros sem o peso da culpa. Ao implementar isso no
seu dia a dia podemos diminuir a busca constante por perfeição e começar a
viver de maneira mais leve.
E
lembre-se não é sobre ser perfeito, mas sim ser gentil com nos mesmos,
reconhecendo que somos humanos e cometemos erros, mas estes não duraram para
sempre.
Conteúdo muito educativo!!
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